Quando o assunto é condução econômica, a primeira coisa que vem a mente é a economia de combustível. De certa forma esse pensamento não está totalmente errado, pois o óleo diesel representa uma parcela significativa do custo total da operação, porém a Condução Econômica vai muito além do combustível, deve-se considerar também a redução de desgaste e quebras de componentes mecânicos, sistema de freios e transmissão, vida útil de pneus e o intervalo entre as paradas para manutenção, afinal a disponibilidade do veículo também impactará diretamente no seu lucro.
Em um mercado cada vez mais competitivo, reduzir os custos não é uma questão de opção e sim uma regra para manter a sustentabilidade e a rentabilidade do negócio.
Nesse quesito três pontos exercem influência direta nas nossas metas:
Características do Veículo: Como aerodinâmica, trem de força, características de projeto do veículo e tecnologias embarcadas.
O Proprietário ou Gestor da Frota: Na escolha do veículo correto p/ a operação, gestão ativa da frota e dos colaboradores.
O Condutor: Este deve estar devidamente treinado e capacitado para operar o veículo de forma correta, conhecer sua tecnologia embarcada, dirigir de forma segura, responsável e defensiva, não permitindo que o stress e a pressão do cotidiano influenciem sua forma de condução.
A geração atual de veículos, a tecnologia embarcada disponível, novas leis ambientais e o nível de exigência dos grandes embarcadores, não permitem amadorismo e nem que se continue dirigindo da mesma forma de 10 anos atrás.
A seguir você verá importantes dicas de Condução Econômica:
- Faça um Checklist antes de iniciar a viagem,
- Dirija sempre de forma preventiva e antecipatória,
- Não acelere ou freie desnecessariamente,
- Utilize os freios auxiliares com previsão e antecipação (o sistema não deve ser usado na chuva, em pista escorregadia ou manobras),
- Procure conhecer o trajeto e programe as suas paradas, se possível evite parar no meio da subida,
- Avalie as variações do relevo, adequando a marcha, rotação do motor, pressão de turbina e carga de aceleração,
- Aproveite a inércia (embalo) para economizar combustível, quanto maior a distância percorrida sem acelerar, maior será a economia,
- Evite acelerar na descida, faça uso do escalonamento de marchas para manter a velocidade média compatível,
- Não trafegue com excesso de peso,
- Dirija em velocidade compatível com a via, considerando o tipo, peso, distribuição e altura da carga e condições de tráfego,
- Respeite o regime ideal de rotação do motor, mantendo a aceleração dentro da faixa de torque máximo (faixa verde) evitando acelerar desnecessariamente,
- Sempre que possível pular marchas, desde que a marcha que será colocada seja compatível com a via, o trânsito e a velocidade,
- Não dê “repique” no acelerador durante as trocas de marcha,
- Em veículos com transmissão automatizada alterne entre os modos manual/automático conforme a variação de relevo, trânsito e velocidade, evitando assim trocas de marchas desnecessárias,
- Mantenha a calibragem correta dos pneus, a baixa pressão aumenta a resistência de rolagem, resultando em maior consumo de combustível, além disso, devido a maior deformação dos pneus, o veículo precisará de um espaço maior para frenagem, aumentando o risco de acidente,
- Nunca trafegue na “banguela”, além de ser uma infração de trânsito, tal prática aumenta o gasto com óleo diesel, pois o motor assume o consumo de marcha lenta e nessa situação não se pode acionar o freio motor.
Mantenha as revisões em dia, um vazamento no sistema pneumático, por exemplo, reduz a vida útil do compressor e aumenta o consumo de combustível.
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Profº Eng. Manoel Carvalho Filho e Profº Eric Nakamura